Que sentido da vida ...
Que sentido dar ao mundo que criamos à nossa volta?
Invariavelmente, todos os dias, somos confrontados com situações que mais ou menos inesperadas, obrigam-nos a tomar decisões que apesar de tudo vão construíndo a nossa viagem nesta vida.
Por consequência de sentimentos, de emoções, de sonhos, e por inerência dos ideais e crenças que cresceram solidamente ao longo do tempo, esta viagem foi sendo construída à volta de uma figura omnipresente em todos os momentos de uma vida. Vulgarmente sob a forma de uma alma parasita alojada num corpo hospedeiro que vagueia indecisamente.
Infelizmente nem sempre as decisões tomadas são as melhores. São os chamados de erros de vida, que servem só para aprendermos, quais agentes de inteligência artificial que inferem conhecimento com base na análise do Erro.
Ao dar valor aos maiores dos sentimentos, reconheço a má decisão que foi em confiar no que sentia (e sinto, é verdade) e querer valorizar esse sentimento sob diversas formas. Creio que perdi. Custa dizer, custa escrever, custa ler e interiorizar, mas perdi.
Disse no passado que nesta viagem de vida, onde navego (mesmo sem destino) que segurarei todas as amarras que fazem parte da jangada. São elas que me mantêm forte, por qualquer tempestade que aconteça. Neste momento emerge a falta de força para manter uma amarra que me segurou tanto. Mais que a falta de força, é também a coragem que pedi para ter, mas que enfraqueceu pela falta de confiança e sinceridade que sempre houve.
Imagens passadas, guardo-as no baú dos sonhos, qual principe dos sonhos. A princesa, essa, a personagem desta vida, encheu e trespassou com uma lâmina de gelo o único sentimento que se erguia perante ela. É ferida que sangra, é uma amizade que dói, é uma amarra que foi arrancada.
Seguem-se mais tempestades, que com menos força e coragem serão enfrentadas, nunca abdicando dos sentimentos e ideais que compõem os trapos rasgados da minha vela de pano. As amizades fortes continuam longe, e novas amarras, ou outras amarras dificilmente ampararão esta embarcação. Continuo uma navegação solitária desde sempre em esforço e sem alegrias, com sacrifícios desmedidos que não dão sentido à vida.
Bom porto haverá, neste mundo que criei? Serão as três marias o rumo que sempre perguntei e procurei?
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