Fábula - Fim
"Imortal" (Para sempre)
O Principe voava no seu cavalo-alado.
A Princesa descobria o seu pássaro-do-sol e rapidamente iniciava a sua busca.
Voaram os dois sem saber para onde, e sem saber qual o destino que os encontrava. Eram os seus fiés amigos que os levavam e instintivamente percorriam os caminhos em céus diferentes.
O cavalo-alado, imponente, batia as suas asas enormes. A sua envergadura, assim como as asas de um condor, decididas e portentosas deslizavam suavemente sem nunca se cansarem. Decidiram tomar rumo em direcção ao sol que se punha no ocaso do horizonte. No céu desenhava-se o crepúsculo em cores várias, de tons laranja vivo e vermelhos fogo.
O passáro-do-sol, levava a Princesa e velozmente cruzavam os seus céus e percorriam as terras brancas do reino do gelo que iam ficando para trás. A Princesa não tinha como procurar o seu Principe. Confiava unicamente no seu pássaro, que sempre a ajudou nas alturas que mais precisou.
A viagem que o pássaro-do-sol fazia era rumo ao sol, assim como a viagem do cavalo-alado.
Ambos, em caminho diferentes mas com rumos iguais, sem saberem voavam no infinito céu procurando um objectivo do coração e para o coração.
Crêem, que o destino e os seus fieis companheiros os ajudassem a encontrar o que procuravam.
A luz do sol mantinha-se indefinidamente acesa no horizonte.
Até que num momento, o cavalo-alado ofuscado pelo clarão do sol bateu as asas ferozmente e assustou-se, desequilibrando o principe da sua montada.
Nesse mesmo instante o pássaro-do-sol, ouvindo um enorme trovão, desacelarou bruscamente e a Princesa precipitou-se numa queda desamparada.
Os dois caiam a grande altura, e completamente desorientados do que lhes tinha acontecido, encontraram o olhar de cada um à sua frente. Finalmente encontravam-se. Olhavam-se e unicamente com o olhar entre eles, e trocavam os seus sentimentos. Num ultimo esforço, caiam e lutavam para conseguirem unir as mãos. Quando sentiram que estava próximo de se juntarem, uma forma de parede de vidro impediu-os de se tocarem. Descobriram assim que estavam infelizmente em mundos diferentes, separados por uma redoma de vidro, e que nunca se poderiam novamente encontrar. Continuavam a cair e a angústia aumentava sem saberem como poderiam se salvar. Continuavam a cair, e cada vez mais rápido. Aos poucos e sem se aperceberem, os corpos aproximavam-se da parede de vidro e foi quando sentiram o frio da parede que olharam nos olhos pela ultima vez e encostaram os seus lábios ao vidro. Trocaram assim o beijo mais frio que alguma vez foi trocado, e um frio descomunal desabou naquele instante.
Foi quando o foxy, acordou com um balde de água fria despejado na sua cara. E assim ele foi acordado e desperto daquele enorme sono para perceber que só podia ser feliz assim mesmo .... sonhando, procurando e buscando os seus sonhos.
O lenço branco de seda e o diamante em forma de lágrima imortalizam a história da princesa do gelo e do principe dos sonhos, assim ... para sempre, e sempre que este fábula fôr lida ou contada.
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