Sem palavras
Sou quem sou. Compreendendo a minhas angústias, felicidades e capacidades. Sobrevivo a elas.
De tudo o que sinto mais falta, está estimado num valor incálculavel, que valorizo proporcionalmente ao sentimento que não tenho. O mais genuíno, o que se define de simplicidade, a pureza de um ser, do seu acto mais ingénuo, é o que procuro. Quando miúdos de 5 anos, sabiamente, na sua simplicidade conseguem vislumbrar o que sinto, e não têm medo de o demonstrar, fazendo-me ver que a coragem de ser o que sou desvanece quando me encontro repelido por mim mesmo.
Vivo em dois mundos. O real. O dos sonhos. Sem um o outro não existia. Os argumentos de um fazem o outro e reciprocamente.
Custa só quando no real não consigo ser o que sou no dos sonhos, e quando no dos sonhos o real nunca acontece.
Sempre sem palavras em dizer o que sinto de uma forma simples, como deveria ser.
Durante uma tarde de brincadeiras na praia...
"-Nelson, tens filhos?"
"-Não."
"-Gostavas de ter?"
"-([...] por raio ele me pergunta isso? e ela?) ... um dia mais tarde."
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