2007/08/12

À Prova de Morte

"Stuntman Mike: Ladies, we're gonna have some fun. "


Adoro de cinema. Por opção não tenho abordado aqui os filmes que vejo, mas também porque sinto algum desprazer nos fracos filmes que têm aparecido e depois para ir sozinho e não ter prazer do cinema, tenho optado por não falar de algo que adoro imenso.

Mas hoje, "Acabo de vir de um Tarantino!". O que por si só e vindo de quem é, já é garantia de um bom filme. E se acrescentar o seguinte: "Acabo de vir de um Tarantino com gajas giras e carros!". Claramente que me deixa ainda com mais certeza de que foi mesmo um grande filme. E então se disser: "Venho de um Tarantino, com gajas giras, perseguição de carros e muito ao estilo de Cães Danados!", então de facto é mesmo um grande, grande filme.

À Prova de Morte, faz parte de um projecto "Grindhouse" em que colaboram Tarantino e R. Rodriguez, e que cada um deles realiza o "seu" filme para serem exibidos em conjunto. Mas ao que parece o filme de R. Rodriguez só aparece cá na Europa lá para Setembro. Neste azar, resta a sorte do filme de Tarantino chegar-nos com mais 20 minutos do que está a ser apresentado nos States.

Falar de filmes de Tarantino, não é fácil, pois não posso argumentar sobre uma interpretação, não posso falar de um argumento que deixe a pensar, nem posso falar grandes efeitos ou evoluções cinematográficas.
E este "À Prova de Morte", continua na mesma onda, onde existem diálogos que se prolongam e não dizem nada, contudo nos mantêm a par da história (...penso que Tarantino, como Woody allen, não sabem escrever maus diálogos).
Os pormenores mais assombrosos são mostrados com o máximo de detalhe e delicadeza, mas fazem-nos a prender à cadeira sem querermos sair dela. Algumas das cenas deste filme irão concerteza ficar na memória de muitos dos que virem o filme, tal como o pormenor da perna amputada no acidente dos carros, ou a cena da perseguição com a Zöe em cima do capot do carro. Quem é fã de Tarantino de certeza que vai adorar este filme, que aconselho.

Como sempre também, uma feliz escolha para a composição sonora do filme, mais uma grande banda sonora (não podia falhar a presença de Enio Morricone).

O filme parece mal produzido, com cortes pelo meio, imagens distorcidas e sons desajustados, mas é assim mesmo.

Não gostei, foi de Tarantino estar-se a ligar ao seu "Kill Bill".
"Kill Bill", também um excelente filme, mas não é preciso fazer-se lembrar, como se quisesse ainda vender o "Kill Bill" a partir deste filme, apesar de ambos terem um tópico comum a envolverem Vinganças elaboradas por mulheres.

Assim já vou com mais gosto ao cinema.

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